Desde tempos imemoriais, a humanidade buscou meios para facilitar o comércio e as trocas. O ponto inicial foi a troca direta, onde produtos como cereais, conchas como a Cowrie e até mesmo grãos de cacau eram utilizados como forma de pagamento.
As conchas Cowrie foram utilizadas como moeda por mais de 3.000 anos, especialmente na África e Ásia. Eram valorizadas por sua durabilidade, beleza e dificuldade de falsificação.
Entre os sumérios, por volta de 3.300 a.C., surgiram as bullae — bolas ocas de argila contendo pequenas fichas que representavam bens ou quantidades. Essas "bolas" funcionavam como contratos futuros: armazenadas com símbolos no exterior e conteúdo lacrado, eram utilizadas para garantir entregas de mercadorias previamente acordadas, demonstrando uma sofisticada forma de confiança e organização econômica.
Datado de 1780 a.C., o Código de Hamurabi foi um marco histórico que delineava taxas de juros para prata e grãos, demonstrando um dos primeiros registros legais sobre transações financeiras.
No longínquo passado, os Romanos introduziram palavras como "salário", derivadas do pagamento em sal, um recurso valioso para conservar alimentos, e "pecúnia" tem origem no latim pecunia (riqueza derivada do gado, depois dinheiro), que por sua vez vem de pecus, que significa gado ou rebanho, simbolizando uma forma primitiva de moeda.
O sal era tão valioso na Roma Antiga que os soldados recebiam uma porção chamada “salarium”, de onde vem a palavra “salário”. Era literalmente uma forma de pagamento!
A palavra "dinheiro" tem suas origens no latim. Ela deriva do termo "denarius", que era uma antiga moeda romana. O "denarius" era uma moeda de prata utilizada no Império Romano, introduzida por volta do século III a.C. e continuou a ser usada por muito tempo.
Essa moeda era chamada de "denarius" porque seu valor originalmente equivalia a dez "asses", que eram as unidades de medida monetária menores na Roma Antiga. Com o tempo, o nome "denarius" evoluiu para "dinarius" e depois para "dinheiro" nas línguas derivadas do latim, como o português, espanhol, francês, italiano, entre outras.
Portanto, a palavra "dinheiro" tem suas raízes na antiga moeda romana, o "denarius", que desempenhou um papel significativo na economia e no comércio da época e acabou influenciando o termo utilizado para se referir a meios de troca e unidades monetárias ao longo dos séculos.
Por volta de 650 a.C., na Lídia, atual Turquia, as primeiras moedas de metal foram cunhadas, trazendo a praticidade e garantia de peso e qualidade. A cunhagem marcou um divisor de águas na história das transações.
A primeira moeda metálica conhecida foi criada sob o rei da Lídia, Aliates, pai de Creso. Era feita de eletro (liga natural de ouro e prata) e trazia o símbolo de um leão.
As moedas não apenas facilitaram o comércio, mas se tornaram símbolos de conquistas, poder e meio de comunicação como propaganda política, permitindo o financiamento de exércitos e a expansão das fronteiras. Elas podem ser uma expressão artística que é fruto das obras, dos gostos e das técnicas do seu tempo e nos informar sobre os contatos entre cidadãos, os percursos dos antigos caminhos e das rotas, e através dos valores simbólicos das imagens demonstra o grau de confiança entre o povo e seus governantes (principalmente entre os romanos).
À medida que o comércio expandia no Oriente, a escassez de cobre impulsionou os governantes a controlarem as divisas. A regra de utilizar apenas moedas de ferro trouxe desafios logísticos para grandes transações. Durante a dinastia Song na China, por volta do ano 1.000 d.C., o primeiro papel-moeda, conhecido como jiaozi, feito a partir da casca da amoreira, foi oficialmente emitido, revolucionando as transações financeiras.
Marco Polo escreveu: “Nunca antes tinha visto dinheiro que fosse papel, e fiquei maravilhado como uma simples folha poderia valer tanto quanto moedas de ouro e prata.” - sobre o papel-moeda na China do século XIII.
Além disso, em outras regiões do mundo, objetos inusitados serviram como dinheiro. Por exemplo, na Sibéria, folhas prensadas de chá eram utilizadas como moeda, devido ao seu valor, durabilidade e aceitação generalizada.
Curiosidade: Na Sibéria, durante séculos, folhas prensadas de chá foram usadas como moeda em transações comerciais, devido ao seu alto valor, durabilidade e aceitação popular.
A necessidade de guardar moedas em segurança levou ao surgimento dos primeiros bancos. Negociantes de ouro e prata passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes, emitindo recibos que se tornaram meios de pagamento mais seguros que o dinheiro vivo.
Os primeiros bancos oficialmente reconhecidos surgiram em várias partes do mundo, iniciando uma expansão global, desde a Suécia e Inglaterra até o Brasil, com a palavra "bank" derivando da italiana "banco", utilizada por comerciantes para operar negócios em Londres.
Ao longo da história, diversos objetos foram utilizados como moeda, entre eles sal, chá, tabaco e até pedras. Um dos exemplos mais curiosos é a pedra Rai, usada na ilha de Yap, no Pacífico. Algumas chegavam a medir até 4 metros de diâmetro e seu valor era determinado pela história de posse e transporte — não necessariamente pela movimentação física.
A Numismática, ciência milenar, investiga e descreve as moedas antigas, revelando um fascinante universo histórico e cultural. Desde expressões latinas até termos contemporâneos, esta disciplina mergulha na análise minuciosa das moedas e seu contexto.
Do século XVIII até hoje, expressões como "numária", "numismatologia" e "numismatografia" delinearam o estudo das moedas antigas. "Numismática", derivada de "numisma" em latim (que significa moeda), prevaleceu como termo dominante. No grego, "Nómisma" (masculino em português) também alude às moedas antigas. Além do estudo das moedas em si, a hermenêutica numismática foca na interpretação de textos religiosos e filosóficos presentes nessas relíquias.
O praticante da Numismática, o "Numismata", também conhecido como "numismólogo" ou "numismógrafo", dedica-se ao estudo, à pesquisa e à escrita sobre moedas antigas, que pode ser utilizado em diversas áreas e não apenas colecionadores.
A coleção de moedas antigas, seja para estudo ou satisfação pessoal, recebe o nome de "numofilácio" ou "monetário". Por outro lado, os comerciantes de moedas, diferentes dos numismatas, têm interesses financeiros e facilitam a obtenção de peças raras, também conhecidas como "achados". Já os moedeiros, funcionários das Casas de Moeda, assumiam compromissos e desfrutavam de regalias em troca de serviços, geralmente sendo pessoas de boa posição ou fortuna.
O sistema monetário reflete a relação ponderal entre as moedas de uma nação em determinada época. Monometalistas baseiam-se em um metal nobre (ouro ou prata), enquanto os bimetalistas defendem o uso simultâneo de ouro e prata como padrões monetários.
"Dinheiro" possui duas conotações: o valor econômico atual da moeda e a antiga subdivisão da liga de prata, indicando proporções específicas de prata e cobre, assim a prata de lei era antigamente de 11 dinheiros, o que significava que em 12 partes da liga, 11 eram de prata e 1 de cobre.
Invista em nossas moedas de ouro e prata, que além de garantirem uma rentabilidade segura, oferecem uma riqueza cultural inestimável. Cada peça conta uma história única, refletindo momentos importantes da história mundial. Ao adquirir nossas moedas, você preserva um pedaço da história e enriquece sua vida financeira e cultural.
Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Para saber mais acesse nossa página de Política de Privacidade