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Quadrigatus de Prata, República Romana - Ano: 225-214 AC

Código: MXF5PT6LW Marca: Roma, República Romana

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🪙 Lote: 746 – Quadrigatus (Didracma de Prata) – República Romana, c. 225–214 a.C.

Referências: Crawford 28/3; Sydenham 64a; RBW 64; HN Italy 334

Dados Numismáticos

Denominação: Quadrigatus (Didracma)
Período: República Romana
Ano estimado: c. 225–214 a.C.
Metal: Prata
Peso: 6,44 g
Diâmetro: 24 mm
Espessura: ≈ 1,5 mm
Estado de conservação: VF (Very Fine)

Descrição Numismática

Anverso: Busto laureado janiforme dos Dióscuros (Castor e Pólux), ou possivelmente de Jano, voltados para esquerda e direita.

Reverso: O deus Júpiter empunhando cetro e raio, em quadriga galopante conduzida pela deusa Vitória para a direita. A inscrição ROMA aparece incusa sobre uma tábua levantada ao centro.

Inscrição (Reverso):
ROMA
Tradução:
“Roma” — símbolo de soberania e origem da cunhagem republicana.

Contexto Histórico

O quadrigatus é uma das moedas de prata mais emblemáticas da fase inicial da República Romana. Cunhado antes da introdução do denário, serviu como peça de alto valor no sistema monetário da época, baseado em modelos gregos da Magna Grécia.

Sua cunhagem está associada a um dos momentos mais decisivos da história de Roma: a preparação para a Segunda Guerra Púnica contra Cartago (218–201 a.C.). Muitos estudiosos acreditam que esses didracmas foram emitidos como parte de um grande esforço de financiamento militar, principalmente para armar e abastecer tropas nas colônias do sul da Itália e em campanhas externas.

Segundo registros históricos, a produção do quadrigatus coincide com o período imediatamente anterior à eclosão do conflito com Aníbal Barca, sugerindo sua ligação direta ao financiamento da guerra contra Cartago. Sua iconografia remete à autoridade divina (Júpiter) e à vitória sobre os inimigos da República.

Curiosidades

O nome quadrigatus deriva da quadriga (carruagem de 4 cavalos) no reverso, guiada por Vitória.
A cabeça janiforme no anverso é frequentemente interpretada como os Dióscuros (Castor e Pólux), deuses gêmeos protetores da cavalaria romana, mas alguns autores a identificam como o deus Jano, símbolo das transições e portões.
Foi uma das últimas moedas romanas sem um nome próprio (sem menção ao magistrado emissor), prática que se tornaria padrão após a introdução do denário.
Possui influência estética e métrica das moedas gregas, principalmente os didracmas da Magna Grécia.

A quadriga com Júpiter lançando o raio representa a força divina que protege Roma, e a deusa Vitória guiando o carro reforça a inevitabilidade da vitória republicana — uma mensagem propagandística clara num tempo de ameaças externas.