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Manilla Okpoho – Moeda Africana Igbo - séc. XIX

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Manilla Okpoho – Moeda Africana Igbo - séc. XIX

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🪙 Lote 792 – Manilla do tipo Okpoho

Origem: África Ocidental – Nigéria (Calabar / Delta do Níger)

Período: Século XIX a início do século XX

Grupo Étnico: Igbo, Efik, Ibibio (uso generalizado)

Função: Moeda de troca e objeto de adorno simples


Descrição Técnica

  • Tipo: Manilla do tipo Okpoho
  • Material: Bronze ou cobre
  • Formato: Haste de bronze circular fechada (sem extremidades ornamentadas)
  • Diâmetro externo: 60 mm
  • Espessura da haste: 7 mm
  • Peso: 41,31 g
  • Marcas: Dois entalhes simples próximos às extremidades
Categoria:
Protomoeda africana – uso cotidiano
Uso original: Moeda de troca de pequeno valor (não cerimonial)
Design: Simples, uso cotidiano

Contexto Histórico

As manillas eram amplamente utilizadas como forma de dinheiro no comércio da África Ocidental entre os séculos XV e XX. Produzidas em cobre, bronze ou latão, essas peças de forma anelar foram chamadas de "braceletes-moeda" pelos colonizadores europeus.

O tipo Okpoho, como este exemplar, era o mais comum. Circulava principalmente entre os povos Igbo, Efik, Annang e Ibibio, especialmente na região do Delta do Níger (Calabar) e interior da Nigéria.

Seu nome, Okpoho, era genérico e designava qualquer peça metálica usada como dinheiro corrente. Ao contrário das manillas maiores ou decoradas (utilizadas em casamentos e rituais), esta versão simples era usada no comércio diário e podia ser trocada por alimentos, tecidos, utensílios ou mesmo como frações de pagamento.

Estudos indicam que até a década de 1940 essas peças ainda circulavam legalmente em mercados africanos. Após a "operação manilla" promovida pelos britânicos, foram retiradas de circulação em 1949 — embora sigam em uso simbólico em vilarejos de Burkina Faso e Benin.

Curiosidade

Relatos históricos apontam que o som gerado pelo contato entre as manillas (timbre metálico distinto) era um fator relevante para sua aceitação e valor — comerciantes preferiam manillas com som claro e agudo, o que indicava boa fundição.

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